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Presidente Kennedy quer recuperar Rio Itabapoana

31/12/1969



Na Semana do Meio Ambiente – o Dia Mundial é comemorado a 5 de junho – a prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta Rangel (SDD), anunciou que a cidade litorânea vai sediar um seminário, com a participação dos vinte municípios que compõem a Bacia Hidrográfica do Rio Itabapoana, no início do segundo semestre, logo após o encerramento da Copa do Mundo.


“Nosso objetivo é estabelecer metas de recuperação dessa bacia hidrográfica, essencial ao desenvolvimento do extremo Sul do ES, norte do RJ e municípios do Caparaó mineiro”, antecipou Amanda. Segundo a prefeita, “cada um dos municípios, bem como entidades civis ambientais e órgãos governamentais como Ibama, Incaper, Idaf, Iema e Agência Nacional das Águas-ANA, será convidado a participar do projeto”.

A Bacia do Itabapoana, que abrange vinte municípios num território de 4.875 km² é uma das mais degradadas e devastadas entre o Rio Doce e o Paraíba do Sul. As matas ciliares – que evitam a erosão e mantêm os lençóis freáticos – praticamente não existem mais ao longo dos 250 quilômetros que o rio percorre desde a nascente, na Serra do Caparaó, até a foz, em Presidente Kennedy (ES) e São Francisco do Itabapoana (RJ).


Há cerca de vinte anos, o Projeto Managé chegou a fazer levantamento socioeconômico e fluvial da região, objetivando debater as potencialidades econômicas e as políticas de desenvolvimento. Dessa iniciativa resultaram algumas ações pontuais, como o mapeamento de atividades de artesanato e folclore, que contribuíram, por exemplo, para recuperar o Jongo, na comunidade quilombola de Cacimbinha.


Hoje, o Comitê da Bacia do Itabapoana está praticamente desativado e, de acordo com a prefeita de Presidente Kennedy, “as entidades ambientais em defesa do rio encontram-se desmobilizadas, sem estímulo”.


“Com a implantação de megaprojetos portuários, industriais, a Usina Termelétrica de Marobá e a construção da nova estação de tratamento e rede de distribuição de água para todo o município, não podemos perder tempo na adoção das medidas que garantam a sustentabilidade e perenizem o Rio Itabapoana, hoje poluído e reduzido a um terço do volume de água que possuía nos anos 80. E essa responsabilidade não é só de Presidente Kennedy”, finalizou.